Greve do INSS afeta 11 cidades da região de Campinas: veja perguntas e respostas sobre serviços e perícias

07/04/2022 | Notícias | 0 Comentários

Mobilização nacional completa duas semanas nesta quarta (6) e afeta 23 estados, diz sindicato da categoria. Greve de peritos completa uma semana e não há previsão para retomada.

 

Morador de Campinas lê aviso de greve na agência do INSS da Avenida Amoreiras, em Campinas — Foto: reprodução/EPTV

A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) completa duas semanas nesta quarta-feira (6) e ainda afeta perícias, atendimentos e agendamentos de serviços em 11 cidades da região de Campinas (SP). A mobilização – que ocorre em 23 estados do Brasil – é por tempo indeterminado.

O g1 preparou uma lista de perguntas e respostas para esclarecer os principais reflexos dessa paralisação. Confira abaixo:

  1. Quais as cidades afetadas na região?
  2. Onde não há agência do INSS na região?
  3. O que está sendo realizado nas agências com atendimento parcial?
  4. Como reagendar serviços?
  5. Como ficam as perícias médicas?
  6. Como reagendar perícias?
  7. O que querem os servidores?
  8. O que querem os médicos peritos?
  9. Como estão as negociações da categoria? 


    1- Quais as cidades afetadas na região?

 

greve dos servidores do INSS começou em 23 de março, e na semana seguinte os médicos peritos aderiram. Veja a situação da adesão das 12 agências à mobilização:

  1. Campinas Amoreiras – adesão total
  2. Campinas Barreto Leme (Centro) – adesão parcial nos serviços e nas perícias
  3. Hortolândia – adesão total
  4. Americana – adesão parcial nos serviços e total nas perícias
  5. Sumaré – adesão total em serviços e perícias
  6. Indaiatuba – adesão total nos serviços e parcial nas perícias
  7. Valinhos – adesão parcial
  8. Mogi Guaçu – adesão total
  9. Pedreira – adesão total em serviços e perícias
  10. Socorro – adesão total
  11. Espírito Santo do Pinhal – adesão parcial
  12. Amparo – adesão parcial

 

Agência do INSS em Hortolândia amanheceu com as portas fechadas nesta quarta-feira (23), por causa da mobilização nacional dos servidores — Foto: Helen Sacconi/EPTV

Agência do INSS em Hortolândia amanheceu com as portas fechadas nesta quarta-feira (23), por causa da mobilização nacional dos servidores — Foto: Helen Sacconi/EPTV

2- Onde não há agência do INSS na região?

 

Águas de Lindóia, Estiva Gerbi, Holambra, Jaguariúna, Lindóia, Monte Alegre do Sul, Monte Mor, Morungaba, Paulínia e Pedra Bela.

Moradores destas cidades dependem dos atendimentos nos municípios vizinhos que possuem unidades da Previdência Social.

3- O que está sendo realizado nas agências com atendimento parcial?

 

Apesar da adesão total ou parcial dos servidores que atuam nos setores administrativos e de assistência social, militares do Exército atuam como reforço temporário em algumas unidades desde o ano passado. Estagiários do INSS também seguem trabalhando.

Com isso, algumas demandas podem ser resolvidas presencialmente nas agências com funcionamento parcial – lista acima.

Para outras questões, os beneficiários são orientados a usar o sistema online do Meu ISS.

Segundo o Sindicato dos Servidores da Previdência Social, a parceria com o Exército deve acabar no fim de maio.

4- Como reagendar serviços?

 

Há três caminhos para buscar atendimentos sem depender das agências físicas:

  • Baixe o aplicativo Meu INSS na loja do smartphone.
  • Ligue gratuitamente no 135.
  • Acesse o www.meu.inss.gov.br para saber se o serviço que você procura tem datas disponíveis.

 

Os principais serviços disponíveis na plataforma são: pedido e acompanhamento de aposentadorias, benefício assistencial e pensão por morte, pedido do salário-maternidade, de auxílio-doença, consulta da revisão do benefício, pedido de recurso de benefício e certidão de tempo de contribuição.

Pelo aplicativo também é possível enviar documentos digitalizados, escaneados ou fotografados pelo celular.

O segurado pode acompanhar o andamento do pedido, com o protocolo de requerimento. Esse acompanhamento pode ser feito pelo aplicativo ou telefone 135.

Meu INSS — Foto: Reprodução/INSS

Meu INSS — Foto: Reprodução/INSS

5- Como ficam as perícias médicas?

 

A mobilização dos médicos peritos, iniciada em 30 de março, completa uma semana nesta quarta-feira.

No fim de março, os segurados que tinham perícias agendadas e estavam sendo remarcados para o fim de maio. Só na agência de Campinas, 150 consultas com os médicos peritos costumavam ser realizadas por dia antes da greve.

g1 vem cobrando o Ministério do Trabalho e Previdência sobre um posicionamento a respeito das consultas que precisaram ser remarcadas para o fim de maio, mas não houve retorno.

 

O único informe divulgado avisa que não haverá prejuízo financeiro aos segurados no valor do benefício, mas não detalha uma alternativa para aqueles que estão com atraso para receber o auxílio financeiro garantido por lei.

“Apesar do reagendamento, o INSS considerará a data originalmente marcada como a data de entrada do requerimento, para evitar prejuízo financeiro aos segurados”, diz o informe.

6- Como reagendar perícias?

 

  1. Acesse aplicativo ou meu.inss.gov.br
  2. Coloque os números do CPF e a senha para fazer o login
  3. Clique em “Serviços”
  4. Após fazer o login, clique em “Auxílio-doença”, na aba “Benefícios”
  5. Clique em “Perícia”, e depois em “Remarcar perícia”
  6. Informe o número de documento
  7. Reagende o atendimento para a data de escolha

 

Outras informações a respeito das perícias podem ser obtidas na Central do INSS, pelo telefone 135. O beneficiário pode ligar das 7h às 22h, de segunda a sábado.

 

Agência do INSS de Campinas aderiu à greve dos servidores — Foto: Sinsprev/Divulgação

Agência do INSS de Campinas aderiu à greve dos servidores — Foto: Sinsprev/Divulgação

7- O que querem os servidores?

 

  • Reajuste salarial de 19,99% para cobrir perdas salariais dos últimos três anos
  • Melhores condições de trabalho.
  • Servidores relatam perda de 50% da força de trabalho e pedem novo concurso público para reposição do quadro de trabalhadores.
  • Categoria é contra a terceirização de funcionários nas agências.
  • O Sinsprev já tinha relatado ao g1 as condições de trabalho antes da retomada de todos os atendimentos presenciais, que ocorreu em 14 de março.
  • Arquivamento da PEC 32 (reforma administrativa) e a revogação da Emenda Constitucional 95/2016, referente ao teto de gastos.

 

8- O que querem os médicos peritos?

 

As principais solicitações feitas pela Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais (ANMP) ao Ministério do Trabalho e Previdência, em Brasília (DF), detalham o que eles classificam como “situação degradante da carreira”:

  • Fixação do número máximo de 12 atendimentos presenciais como meta diária.
  • Recomposição salarial de 19,99% para repor perdas de 2019 a 2022.
  • Pontuação automática referente a segurados faltosos.
  • Respeito a agendamentos consecutivos, sem “buracos” na agenda.
  • Distribuição igualitária de agendamentos de perícias entre os médicos de todos os turnos.

 

Faixa em frente ao INSS de Ribeirão Preto fala sobre a greve dos servidores — Foto: Reprodução/EPTV

Faixa em frente ao INSS de Ribeirão Preto fala sobre a greve dos servidores — Foto: Reprodução/EPTV

 

9- Como estão as negociações da categoria?

 

Diretor regional do Sindicato dos Servidores da Previdência Social (Sinsprev), Cristiano Machado disse ao g1 nesta terça-feira (5) que a greve permanece por tempo indeterminado.

A categoria está em tratativas em Brasília (DF) para tentar negociar o reajuste e as melhorias nas condições de trabalho dos funcionários, que estão na pauta de reivindicações.

“O governo está anunciando uma contratação de 8 mil terceirizados no Brasil inteiro, que nós achamos muito ruim. vai precarizar muito o atendimento nas agências e não é esse tipo de atendimento de qualidade que a gente quer para a população. O atendimento tem ser feito por servidores de carreira do Seguro Social, servidores concursados, que são especialistas na legislação previdenciária, no reconhecimento de direitos”, explicou Machado.

Servidores que atuam no sindicato têm mantido reuniões nas unidades para informar os funcionários sobre o andamento da greve.

Agência do INSS em Sumaré durante a greve dos servidores de março de 2022 — Foto: Sinsprev/Divulgação

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